Adroaldo Guerra Filho no RG, Guerrinha para todo o
Rio Grande do Sul. Guerrinha é uma marca na comunicação esportiva gaúcha.
Comentarista na Rádio GAÚCHA e colunista nos jornais Zero Hora e Diário Gaúcho.
Você já imaginou um colorado assumido comentar jogos do Grêmio? Guerra faz isso
com êxito. Sempre tratou o Grêmio com maior respeito, e é respeitado e querido
pelos gremistas. Respeito conquistado com anos de seriedade e profissionalismo.
Muito solícito, Adroaldo aceitou na hora o convite para ser entrevistado pelo
_Drible.
_Drible: Para começar, vamos falar sobre o Grêmio. Na sua opinião, o que o Grêmio fez de errado em gestões anteriores para que hoje tenha essa política de enxugar a folha?
Guerra: O Grêmio, como todos os clubes, investiu mais do que poderia. Vendeu pouco. E agora vai ter que economizar para entrar nos eixos.
_Drible: Quanto que o Grêmio ganha quando se concretizar a compra da Arena?
Guerra: Ganha muito. Vai ter as rendas, exploração de muitas coisas dentro e fora do estádio que atualmente não pode explorar.
_Drible: Abel Braga foi muito criticado durante esse ano, por escalar só os 'bruxos' dele, só colocando os guris nas horas ruins e quando não podia contar com aqueles medalhões e também pelas eliminações nas Copas. O Inter, com outro treinador, poderia ter feito uma temporada mais proveitosa ou não tinha elenco pra isso?
Guerra: Muito provavelmente, sim.
"Faz
tempo que o Brasil não é mais o país do futebol"
_Drible: Qual setor do time do Inter que tem mais carências? Esses nomes que ventilavam durante a eleição do Inter (Dudu, Henrique, Guerrero...) tem alguma possibilidade de se concretizar ou foi só sondagens pra ganhar voto?
Guerra: Os nomes, pelo que li, vi e ouvi, não saíram da boca do Piffero. Acho que a principal carência é a falta de um primeiro volante, daqueles que facilitam a vida do pessoal da zaga.
_Drible: Corinthians e Flamengo recebem R$ 120 milhões cada um da GLOBO referente a cotas de TV. Em 1º de janeiro de 2016, este valor pulará para R$ 170 milhões, conforme contrato. Enquanto que Grêmio e Inter ganham R$ 45 milhões e em 2016 ganharão R$ 60 milhões. O que os clubes podem fazer para mudar este cenário e se nada mudar quais são as consequências de tamanha desproporção?
Guerra: Deveriam se unir e formar uma liga. Mas duvido muito que isso aconteça. Do jeito desigual que vai ficar, os dois mais abonados terão condições de formar times melhores e com mais chances de vitória.
_Drible: Santa Catarina tem quatro times na Série A e um na Série B enquanto que o Rio Grande do Sul tem apenas dois times na Série A.
Por que um estado com tanta história no futebol fica atrás de um estado sem tantas glórias?
Guerra: Acho que o nosso Interior é mal cuidado pela federação. E falta, também, apoio de investidores.
_Drible: Na Libertadores da América deste ano, o Brasil não teve nenhum representante na semi-final. Na Sul-Americana, nenhum time brasileiro na final. Na Copa do Mundo aconteceu o pior vexame de toda a história do futebol no Brasil, o 7 a 1. O Brasil não é mais o país do futebol ou o ano de 2014 foi apenas uma exceção?
Guerra: Faz tempo que o Brasil não é mais o país do futebol. Só os dirigentes ainda não descobriram isso.


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